O especial da Fafá de Belém acabou. Restou uma imensa recordação de um passado não tão distante.
A vontade de tê-la a meu lado leva-me a janela e minha visão sensorial elevou-se aos grandes espíritos, rebuscando com coragem todo o tempo deste relacionamento incompleto por força de circunstancias tão secas como um corpo sem alma.
Revia nosso bem querer correndo com a alma virgem, quando ainda eram virgens as oposições de agora depois a chegada das tentativas de subjugar nossos sentimentos com todas as armas. Mal sabem que não há como subjugar um amor sincero e bravo.
Nem ferro, nem fogo, nem chibatada subjuga o sonho mais lúcido do espírito, que é o amor e a liberdade.
Liberdade que ninguém pode nos negar, para sermos caminheiros em busca de luz, da síntese do amor e do tempo.
Não se prende o espírito, nem o espírito se apaga quando retém mesmo que inconscientemente a chama geradora da civilidade. É uma questão de respeito ao amor, a você DEUSA inspiradora desse amor e a mim mesmo, pela honra e pelo desejo de ser livre.
Não há como escravizar espontâneamente no fervor do binómio fé e amor.
Hoje vivemos num mundo limitado em fundamentos de alguns. Para mim o homem que vive calcado nos seus fundamentos de origem se corrompe, se vicia.
Já é tarde... Muito tarde. Todos eles dormem um sono sem o repouso das almas. Um sono lamentável sem cor, sem brilho e sem canto.
Agora vou dormir mas meu sono é diferente... Ele é sonhador e sublime como meus anseios. Meu sono tem clareza, mais cor, mais brilho. Meu sono tem um canto que convoca para o amor uma gente que se amesquinhou no aviltrante trabalho de mãos secas e de almas sem esperança, de pele encardida e presos a labuta do não dignificar existências.
Amor, perdoe o desabafo, ele estava preso em meu coração e de repente saiu num momento de distração. Saiba que muitíssimas coisas nos unem para sempre. Uma coisa porém se sobressai como se fosse nosso contorno definitivo: O AMOR!

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